Portas abertas para a paz
Nos últimos anos o índice de violência vem crescido muito no Brasil. Principalmente dentro das escolas. Alunos e pais agredindo professores e vice e versa, algo nada comum, vem acontecido com frequência nas salas de aula. O professor que no ensino tradicional era o detentor da razão, e que no ensino crítico se tornou um "transmissor de conhecimentos", com a inclusão digital passou a ser um "estimulador do pensar", entretanto, sempre respeitado por pais e alunos, teria hoje se tornado algo sem essência, valor e importância?
A escola impõe regras e o aluno resiste, a sociedade atual tem dificuldade em seguir normas.
Oque não dizer, porém, que todas as escolas tenham se tornado violentas. Na verdade, há varias outras faces do fenômeno menos dramáticas, mas muito mais presentes no dia-a-dia do professorado. Depredação ameaça, agressão verbal, briga, confronto entre gangues, uso e tráfico de drogas, preconceito, segregação, discriminação, entre outras.
A violência urbana é, de fato, um grave problema. Em algumas regiões do Brasil, a incidência de atos violentos extremos é maior até do que no Oriente Médio ou na África, onde há guerra civil aberta. Então alardeamos que nossa escola estão sendo invadidas pela brutalidade do contexto social. Vale ressaltar que o processo de desgaste da figura do professor é resultante dos efeitos de uma política de desvalorização em função da ação governamental que não investe nos educadores nem mobiliza a sociedade para o respeito e consideração para com os educadores.
O debate sobre violência deve levar todos a repensar seu papel na construção de uma escola inclusiva e de qualidade.
O debate sobre violência deve levar todos a repensar e respeitar o papel de cada um na construção de uma escola inclusiva e de qualidade.
A violência nem sempre vem de fora. Ela pode surgir até mesmo em uma dinâmica da sala de aula. Todos estão cansados de saber que o papel de transmissor do conhecimento deixou de existir. Hoje, cabe ao professor ensinar a pensar , a ter autonomia. Esse mecanismo, não há como negar, gera eferverscência. "Para manter o controle dentro desse novo modelo não podemos usar apenas a autoridade ou as regras", afirma Paula Guimarães, do Departamento de Metodologia de Ensino da Universidade Estadual de Campinas. Quando imperam os mecanismos disciplinares que impõem a homogeneização e a submissão, a reação tende a explodir.
Os modelos a que os jovem esta exposto, podem ser um dos fatores que fazem com que essa reação venha carregada de agressividade. Afinal, os meios de comunicação estão repletos de violência, que é consumida em estado bruto pelos adolescentes.
Recuperando a esperança
Levar o tema para dentro da sala de aula é um dos jeitos de deixar de tratá-lo como um problema. Tal prática ajuda a recuperar o desempenho discente, porque a questão está intimamente relacionada ao fracasso.
O professor usando de temas transversais, pode fazer campanhas e palestras ministradas por eles mesmos, pelos alunos, todos construindo juntos. Pois se hoje o aluno ja entra em sala com a informação vamos leva-los a reflexão. Torná-los seres pensantes e críticos. Ouvir suas opiniões, quais soluções eles acreditam dar certo, dentre outras coisas, ajuda muito nessa relação professor/aluno.
É hora de agir e deixar de lado a retórica nem sempre verdadeira da maioria dos partidos políticos da nação. Há uma urgência de ações em prol do resgate da importância dos educadores que estão deixando a profissão e mostrando que em breve não teremos educadores para uma população crescente e que necessita de educação para crescer , viver e ser feliz.
Fonte: Revista "Nova escola"
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